quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Veleeiro

‘De Luz A Vela, de Noite Acesa’ -
Sempre que a casa sem eletricidade se encontra, o pensamento viaja, os detalhes se sobressaem.
Sempre que há o ‘Escuro’, há o Medo e a Curiosidade, A vontade...
E ali está ela, no pires, com sua chama que não somente ilumina, mas aquece...
O fogo que te sobe o ventre e escorre pelas bordas, queimando cada vez mais.
Porém, ao em vez de aumentar o desejo, o Amor e a Chama, se extinguem.
Onde a sombra some e a luz elétrica volta. E no pires, só há borrões tão patéticos que nem valorizamos o que havia antes...
A escuridão acaba, você para de analisar os detalhes, de escrever e descrever... Porque tudo parou de queimar, de acontecer.
No próximo túnel você não vai ficar cega, e nem nos outros, pois a Vela estará lá...
O interessante é que a cada apagão, se compra uma nova caixa de velas, que só muda a embalagem, ou as vezes não, mas queimam do mesmo jeito...
As Velas, você usa sempre que quer, e sempre será...
Mas Eu, apareço de surpresa pra te criar o medo e a curiosidade, na vontade da escuridão.
Um pouco antes de dormir (para dar boa noite) e logos depois que fecha os olhos, pra te acompanhar nos sonhos, enquanto não amanhece...
Porque a falta de Luz sou Eu... E eu não te Ofusco, na verdade te dou Coragem.
(D.J.N.Meireles)

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