quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

recebi ao te encontrar...

quer dizer que você não a conhece? nunca a viu?
não sei dizer muito bem, mas creio que não deslumbrar tal visão
é como se nada da vida fosse tão pouco e tão vil
nada mais faz sentido sem vê-la, tão pouco razão

descreveria de uma forma romantica platônica
apenas pra fazer-me entender melhor assim
é como na música, para determinar o tom, a tônica
mas vou contar por alto, antes que chegue o fim...

eu a conheci em uma madrugada como essa
de hoje pr'amanhã um dia de dois
sei que ja conhecia antes, a peça
mas que na verdade viria a conhecê-la depois

você ja sentiu-se assim? não sabe do que falo certo?
ja tentou abraçar o vento sabendo que lá de longe ela soprava
ou suspirar com o sol queimando-lhe em aberto
as costas, sabendo que era o calor dela que esquentava?

tente andar e correr na chuva de mãos dadas, observando sorrir
sem dar um tropeção, por não poder desviar a atenção
não ligando para as gotas que em teu rosto estão a cair...
tente dizer que não é a melhor coisa do mundo então

sabe o que deveria conhecer? um sabado de manhã
ela com roupa de menina, dançando em teus pés
brincando e pulando, fazendo cara de manha
dizendo a ti tudo o que pra ela é...

descubra a calmaria da vida deitado ao teu lado
de conchinha, e pernas entrelaçadas, fazendo-a dormir
descubra todo o sentido perdido de fato
encoste o nariz e sinta tua respiração, é isso que vai sentir...

faz idéia do que tocar aquelas mãos?
seja pra fazer comida, pra fazer ficar lisa
pra poder amar, pra brindar e até pra tocar violão
dedilhar acordes em teu corpo menina

não, você pode até imaginar, mas não sabe de nada
tudo que a faz mal, tudo que ela deixa de canto
eu, não sei nem mesmo por onde anda
mas descrevo cada paço dado, torto ou reto, nem tanto

conhece-ela é facil, dificil é reconehce-la, encontra-la
ela sabe se esconder, e oscila do vale à crista
em dias de lua, as fases duram e as vezes passam pra lá
mas todas as personas se convergem a uma mista

quando ela pedir tempo, dê horas e dias
quando pedir espaço, dê ares e livres
quado ela pedir compreensão, dê ombro e abraço
quando pedir carinho, dê beijinhos e rimas
quando pedir discussões, dê palavras e livros
quando ela pedir amor, dê um laço
firma-te e filma tudo

poucas pessoas saberiam entende-la muito bem
eu entendo, mas não compreendo direito
sabe aquelas conversas malucas e sonhadoras que divide com alguém?
eu divido-as com ela, dividirei em meu ultimo leito

o jeito timido de ela agir
o jeito descontraido de ela agitar
o jeito triste de ela ir
o jeito alegre de ela voltar

não tente adivinha-la, nem entende-la, descrevendo por linha
tenho um desenho que daquela boca desenhada
não é perfeita, para vocês... tem o nariz de batatinha
o cabelo ao natural é tão lindo, mas nada impede de também ser 'chapada'

a não sei se saberá um dia, como é ela vestindo aquela jaqueta
meio sem jeito, como é ela trocando e se vestindo
e se banhando no escuro, pra se deitar
fazendo massagem sem nem mesmo massagear destino

observe-a quando estiver comendo churros, ou maçã do amor, doce algodão
dê flores e cartas feitas a mãos, mas faça com amor, e faça melhor
leve-a para fazer prova, espere... leve-a para passear de montão
leve-a ao circo na noite de chuva, para se desculpar, nunca seja o pior

e tudo que me faz tão bem, como estar do outro lado da linha fazendo-a dormir
como está ao lado de teu pescoço observando o sono
fazerndo planos juntos, imaginando a vida que irá vir
advinhando inadivinhaveis, apenas feliz pelo fato de estar junto, num sonho

tem um momento de plenitude, quando observa escrevere
e debater contigo, que por mais que esteja certo, sempre perde
e ganhar em estar proximo o bastante para fazer
todo um sentimento acontecer, tudo que se pede...
pode viver

sim ela de oculos, de franja, de nariz, de coleirinha de metal
de colar de coração... de poses fotográficas
comendo ovo de páscoa, sentindo presente no Natal
de roupas chiques e bonitas, tão lindas, performáticas...

nada mais gratificante do que ver um filme a distancia juntos...
o primeiro filme
e ver televisão juntos por telefone e outros muitos...
de tantos shows firmes...

sorria quando ela sorrir pra ti
sorria quando ela chorar
não faça raiva nela, em fima
deixe-a amar

alegre assim como eu, bobo e sorrindo sosinho de canto de boca
vai ficar ao olhar para a assinatura de vitória com a maior verdade dita
só não deixe ela ser a maior mentira feita pela moça
pois arependido vai ficar por não ter mais laço nessa fita...

e a noite toda eu posso escrever tudo que queira saber
não é tudo que precisa, ou tudo que ela é
é só o que sinto na madrugada fazer
meu coração ainda ter fé

... continuo ...

(David Meireles.: - 25 de março de 2010 - 1:00)

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